O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estimam que, em 2019, cerca de 2 milhões de adultos apresentavam o transtorno no Brasil. Os sintomas podem incluir desatenção, impulsividade e hiperatividade.
Pessoas com TDAH apresentam dificuldade em organização e planejamento, função executiva, memória (especialmente auditiva), controle emocional e dificuldade de controle atencional e de impulsos, como os observados na avaliação da paciente.
O indivíduo que possui esse diagnostico sofre evidências claras de que os sintomas interferem no funcionamento social, acadêmico ou social ou de que reduzem sua qualidade, e de acordo com DSM-5, a característica essencial do transtorno de déficit de atenção/hiperatividade é um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade que interfere no funcionamento ou no desenvolvimento. A desatenção manifesta-se comportamentalmente no TDAH como divagação em tarefas, falta de persistência, dificuldade de manter o foco e desorganização – e não constitui consequência de desafio ou falta de compreensão.
De acordos com os estudos atuais, a teoria mais aceita para as causas do transtorno é a de que há uma disfunção da dopamina cerebral, neurotransmissor envolvido na regulação motora e circuitos motivacional e atencional. No entanto, não há consenso entre a classe médica sobre uma definição exata e nem na quantificação das diferenças entre as atividades neuronais presentes em pacientes com ou sem o TDAH.
As pessoas com TDAH geralmente apresentam dificuldade de aprendizagem e desempenhos acadêmicos abaixo do esperado, apesar de geralmente apresentarem um QI acima da média, devido a dificuldade de atenção, organização e planejamento; além de sentimentos de frustração pois não conseguirem colocar em práticas seus planos e ideias, podendo ter um prejuízo em suas atividades profissionais, sociais e nos relacionamentos.
O diagnóstico de TDAH é obtido por meio da avaliação neuropsicológica, que irá verificar o funcionamento cerebral e irá lhe auxiliar além do diagnóstico a criar estratégias para lidar com as dificuldades.